terça-feira, 14 de outubro de 2008

Tempus Fugit - Capítulo 1.2.2.1

O cenário era atemorizador. Uma gigantesca sombra fantasmagórica que, apesar de translúcida, permitia distinguir contornos, flutuava na sua direcção. Não conseguiu perceber se se tratava de uma única entidade ou se pelo contrário era um enorme grupo delas, para o seu cérebro apenas importou o facto de ser enorme e aterrorizante.

Correu enquanto pôde, mas cada vez que parava, pensando estar a salvo, a grandiosa sombra reaparecia sobre si. Rapidamente percebeu que era inútil. Esgotado, deixou-se ficar imóvel enquanto a sombra pairava sobre si. Quando esta começou lentamente a descer, abriu os braços numa atitude de entrega e deixou que esta o envolvesse por completo. Sentiu, impotente, a consciência a fugir-lhe enquanto os pés perdiam o contacto com o solo.

Acordou na sua cama. Tudo teria sido um sonho... O tempo nunca mais parou mas, curiosamente, nunca deixou de ter a estranha sensação de que não estava a viver a realidade.

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