terça-feira, 26 de abril de 2005

Sei de um sítio...

Estive num sítio onde as pessoas não são indiferentes ao sofrimento alheio, onde as pessoas estendem a mão a quem precisa. Vi nesse sítio, pessoas a partilhar o seu conforto com os menos afortunados, vi pessoas a lutar por causas nobres, vi pessoas que, em vez de se vangloriarem da sua posição e sentirem-se superiores, lutavam para que todos tivessem condições e oportunidades de atingir a sua felicidade. Nesse sítio ninguém vivia na rua, porque os muito ricos, em vez de passarem um cheque a uma instituição de caridade para se sentirem melhor, batiam a cidade em busca dos realmente necessitados ajudavam-nos a sentir-se e tornar-se também pessoas outra vez. Nesse sítio, ninguém se aproveitava da fraqueza e inocência alheias, ninguém temia pelos seus filhos pois toda a gente protegia as crianças. Não havia disputas nem violência porque todos sabiam partilhar, todos sabiam que não podiam ter tudo para si, que para viver em harmonia era preciso saber ceder. Todos tinham consciência da ganância e do orgulho naturais do ser humano e, como tal, todos se esforçavam por reprimi-los.
Estava pronto para ficar, não queria sair mais dali, era a sociedade com que sempre tinha sonhado... mas infelizmente acordei.

sexta-feira, 8 de abril de 2005

Talvez um dia...

O ser humano não precisa que uma lei lhe diga para não matar ou roubar. O seu humano não precisa que uma lei lhe diga que a sua liberdade acaba onde começa a do próximo. O ser humano não precisa de leis contra a crueldade e a má fé. O ser humano não precisa de leis para protecção das crianças e dos animais.
Mas como a espécie dominante do planeta continua a ser o ser desumano, é o melhor que podemos fazer.