“O ID63??? Não, não sei nada sobre isso!” Foi o que quase toda a gente me respondeu com a voz trémula de terror; com excepção de alguns que, desconfiadamente, apenas referiram que não pronunciavam aquela designação, enquanto continuavam apressadamente o seu caminho, visivelmente perplexos com meu interesse.
Encontrei por fim um ancião, notoriamente demente, que se dizia um conjurador de anjos e demónios. Depois de inúmeras e assustadoras advertências, no meio do seu delírio conseguiu indicar-me o covil do monstro. Indicações que segui com alguma dúvida, mas que se provaram exactas.
Aproximei-me cuidadosamente e lá estava ele, o ID63, a majestosa besta! Estudei-a, analisei-a, procurei as suas fraquezas e por fim descobri o âmago da sua fragilidade. Decidido, elaborei um plano de ataque, revi-o minuciosamente e acreditei no meu sucesso.
Reuni toda a minha coragem e, no momento certo, avancei para o perverso prodígio. Aquele que, de tão grotesco e infame, não tem nome. Aquele que apenas mereceu uma identificação numérica, e mesmo essa, capaz de induzir pavor no coração dos mais audazes.
A vil criatura percebeu a minha aproximação e virando o seu temeroso focinho na minha direcção, urrou de tal forma que não só senti as vibrações no diafragma, como consegui também sentir o calor fétido do seu hálito.
Tinha passado o ponto sem retorno, o confronto era inevitável. Avancei para o abjecto ser enquanto ele, com outro urro que pareceu fazer tremer a terra por debaixo dos meus pés, avançou para mim. Cada um de nós acelerando o seu passo, a adrenalina a tomar conta de mim, o tempo a parecer distender-se, o embate estava iminente e…
1 comentário:
Muito bem :)
Um belo exercicio de D & D.
Quero mais :*
Enviar um comentário