Descobri, não sei bem como nem porque estava no sítio onde o descobri, um papel onde tinha escrevinhado já há algum tempo (impossível saber quanto porque, lamentavelmente, esqueço-me sempre de datar estas coisas, ainda bem que o blog faz isso por nós) um poema. Curiosamente não me pareceu tão estúpido como certamente terá parecido na altura e isto fez-me ir ao fundo do baú ler algumas coisas escritas no passado. Da mesma forma, e não sem alguma estranheza, encontrei mais uns poemas dos quais já nem tinha qualquer recordação, e que até me agradaram (embora não tenha resistido em dar-lhes um retoque). Assim, nasce esta rubrica "Fundo do baú".
Cá vai um:
Gostava de saber pegar
nas emoções que em mim fervilham
e com elas encher pautas
de sublimes sinfonias que brilham
muito fáceis de tocar
Gostava de saber encher
a alvura de uma tela vazia
com a cascata de sentimentos
que às vezes em demasia
percorre todo o meu ser
Gostava de saber transformar
nas páginas de um belo romance
toda a alegria de viver
e talvez assim descanse
este animal que não sei domar
Gostava de saber criar
poemas inflamados,
que dessem descanso por fim
aos pensamentos exacerbados
que há dentro de mim
e que não consigo sossegar
3 comentários:
que poeta :)
Isto assim é sempre uma maçada, agora como é que se sabe qual foi a parte escrita no passado e a parte escrita no presente! :)
Cá a este lado chegam...
as emoções a fervilhar,
a cascata de sentimentos,
o animal que não sabes domar
e os pensamentos exacerbados
que não consegues dominar...
És POETA!
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