Não se pode falar em cultura sem virem logo os pseudo-intelectuais com a porcaria da arte! Cultura não é arte, cultura é ciência! É a ciência que faz avançar e evoluir a humanidade e a civilização tornando as nossas vidas mais fáceis e confortáveis, não a arte. A arte, no máximo, é um subproduto da cultura, mera imitação da vida para preencher os tempos livres.
9 comentários:
Claro, claro, por isso é que as primeiras expressões registadas por seres humanos, são fórmulas matemáticas pintadas em paredes de grutas. Cultura é desenvolvimento intelectual, é a consciencialização dos valores morais e materiais característicos da sociedade, para que se possa perceber como as pessoas vivem e a partir daí evoluir. Só através da arte e das suas ecléticas formas de expressão é que se pode conseguir a súmula necessária à evolução humana. Um cientista está muito longe de ter qualquer tipo de emoção humana, logo não pode contribuir para o conforto de uma vida mais facilitada quando ele próprio nem sequer sabe viver.
Concordo plenamente que cultura é desenvolvimento intelectual, mas desde quando é que a arte é desenvolvimento intelectual? Arte não é mais que a excreção de emoções primárias convertidas em rabiscos, e cada vez se torna mais fria. Um cientista simplesmente sabe inteligentemente equilibrar a sua razão com a sua emoção. Um cientista, meu caro amigo, é movido pela principal emoção humana, a emoção que permitiu que saíssemos das cavernas e que mais contribuiu para a evolução da nossa cultura, a curiosidade.
Inquestionavelmente, Arte é desenvolvimento intelectual porque, Arte e cultura são a mesmíssima coisa! É inegável, que curiosidade não passa também de mais uma excreção emocional primária. Podemos desta forma assumir que curiosidade é uma forma de arte! Sendo assim, podemos afirmar, inequívoca e cientificamente, é para isto única e exclusivamente que a ciência serve, que a arte demonstra, que um cientista, antes de se transformar num cientista, é um artista! Logo, é totalmente disparatado dizer-se que um cientista contribui para a evolução da cultura. Um cientista serviu apenas, e tão somente, para reafirmar tudo o que a arte, muito, muito antes já tinha demonstrado.
Não sei de onde é que o meu amigo obtém essas inquestionáveis e inegáveis verdades absolutas. “Arte é desenvolvimento intelectual porque, Arte e cultura são a mesmíssima coisa”??? O que é que isto explica? “É inegável, que curiosidade não passa também de mais uma excreção emocional primária”??? Porquê? E qual é a forma através da qual podemos “assumir que curiosidade é uma forma de arte”? Meu caro, para se poder afirmar coisas “cientificamente” terá que ter havido um cientista a descobri-las antes, e depois de se ter tornado cientista; parece-me até um paradoxo que use este termo para defender a arte. Acho que o inegável é exactamente o oposto do que disse, um cientista contribui activamente para a evolução da cultura enquanto um artista meramente se deita à sua sombra.
Eu baseio todas as afirmações e conclusões que disse, com base na mesma tese que sustenta a afirmação, arte não é mais que a excreção de emoções primárias! Com base neste argumento/tese, com o qual eu concordo completamente, é-me permitido assumir/concluir que, a curiosidade é de facto uma emoção primária. O que é que compele a curiosidade? O que é que leva o homem a observar? É obviamente a emoção primária, aquela que também impulsiona a arte latente em cada ser, com o qual cada um se exprime da maneira que sabe/pode. A arte está tão intrínseca em tudo o que nos rodeia, que uma calçada de um passeio é arte. Um prédio, um quadro, um caixote do lixo, tudo foi feito e pensado sob uma forma de arte. Um cientista, que é também um artista, não descobre nada! Ele observa o que já está feito e formula teses, que carecem sempre de prova, para serem consideradas como verdadeiras e tenta quanto muito, melhorar o que já existe, como se sabe, nem sempre, a maior parte das vezes, é bem sucedido! A arte não é verdadeira nem falsa, ela existe e é inquestionável, depende apenas e só de cada um!
Discordo que a curiosidade seja uma emoção primária. A curiosidade será provavelmente a menos primeva das emoções humanas, e a prova é que consegue sobrepor-se ao mais básico instinto de auto-preservação. É o que distingue o cientista do artista, enquanto que o primeiro procura compreender, o segundo apenas procura copiar o que o primeiro compreende poluindo-o com as suas emoções primitivas. Tudo o que nos rodeia a que o meu caro chama arte não existe pela sua forma mas pela sua função. Um caixote do lixo necessita cumprir a sua função para se chamar um caixote do lixo e é para isso que é projectado, a estética é totalmente secundária pois, permitindo a interferência da estética na forma ao ponto de afectar a função apenas estaríamos a criar mais uma “obra de arte” completamente inútil! Além do mais, não me parece seguro morar num prédio que tenha sido pensado sob uma forma de arte; aconselho a escolha de um que tenha sido pensado tecnicamente de forma a cumprir o seu objectivo na perfeição. A arte existe, isso é um facto, embora a sua utilidade seja, no mínimo, discutível. Outro facto é não havendo cientistas os artistas ainda fariam pinturas rupestres.
Não, se o cientista procura compreender, e não descobrir como anteriormente foi dito, o artista procura igualmente compreender, de uma outra forma é certo, e de um modo que o cientista não consegue compreender ou alcançar. O artista expressa-se de acordo com a sua percepção! O intuito do artista não é o de modificar ou melhorar, é apenas expressar-se de acordo com o que o seu intelecto interpreta, por isso a arte é tão vital para o desenvolvimento do intelecto. Vital ao ponto de um artista, ao contrário também do que foi dito, não copiar o que um cientista compreende, mas sim estimular o intelecto, também dos cientistas. Se não fossem as pinturas rupestres, os cientistas não teriam sido instigados a investigar a vida de há milhares de anos atrás!
Olhe, muito respeitosamente, vá aos excrementos!
Ora esta!!! Olhe, muito cordialmente, vá você!
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