Barco à deriva,
Ao sabor das ondas,
À mercê dos ventos,
Entregue às correntes.
O barqueiro invoca todas as suas forças,
Estoicamente, agarra-se ao leme,
Mas é uma minúscula embarcação.
Que pode ela fazer contra a força dos elementos?
Que pode o barqueiro fazer?
Contra os demónios que o atormentam,
Contra os pensamentos que não o largam,
Contra as emoções que o arrebatam.
Fará o que pode,
Confiará na boa vontade dos gigantes.
Continuará agarrado ao leme.
Qualquer que seja a costa,
Qualquer que seja o porto,
A que os ventos o entreguem,
Render-se-á a seu talante,
Apenas pode tentar,
Tentar não naufragar.
2 comentários:
Pois é... É dificil ser o homem do leme, mas muitas vezes ele encontra a tal ilha deserta e sobrevive :)
...se a vida fosse um mar calmo, sem ondas, também não tinha piadinha nenhuma... sabe tão bem o descanso depois de uma tempestade...
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