É curioso como conseguimos achar hilariantes coisas que na vida real seriam muito tristes. O que eu deliro com as cenas do Basil Fawlty, quando debita mentiras atrás de mentiras, tapando umas com as outras; ou aquela cena do George Constanza quando está a fazer o teste de QI, em que todas as evidências estão contra ele e ele continua a mentir, vale tudo menos admitir a verdade, isso nunca! Mas na vida real não tem absolutamente piada nenhuma estarem a mentir-nos descaradamente.
Outra cena que talvez tivesse piada seria um elemento de um casal professar o seu amor pelo outro e em resposta receber desconfiança. Acho que até seria cómica uma frase do tipo "achei muito estranha a tua intervenção, pareceu-me apaixonada demais...", mas na realidade não tem mesmo graça.
É estranho acharmos piada a coisas tão tristes.
3 comentários:
As pessoas riem-se dessas piadas, porque os humanos têm a capacidade de conseguir rir deles próprios quando se apercebem das figuras ridiculas que por vezes fazem! Essas piadas não são mais do que demonstrar a capacidade que temos de fazer figuras ridiculas! O problema é quando as pessoas se mentalizam mesmo que o que estão a dizer ou a fazer, é verdade para elas próprias! Aí perdem a capacidade e a noção de ver o que é ridiculo e o que não é, e é quando a piada deixa de ter piada e passa a ser triste!
Parece-me a mim que não estou dentro do assunto que para existir uma observação desse tipo o outro elemento do casal sente que não é amado o suficiente ou que não está a ter a devida atenção.
Relativamente a questão da mentira o que para nós é mentira para o outro pode não ser. Será que está mesmo a mentir? Ou nós é que achamos que é mentira?
Meu caro Rodovalho quem é que mentiu primeiro a quem?
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