quinta-feira, 9 de março de 2006

Dia do coitadinho

Que se discrimine as pessoas portadoras de deficiência criado um dia para eles, reforçando a ideia de que são uma minoria frágil, ainda aceito pelo facto de servir para lembrar ao mundo que existem pessoas com necessidades especiais, coisa que muita gente deve esquecer com facilidade. Agora fazê-lo para as mulheres parece-me extremamente machista. Para começar não creio que seja preciso haver um dia da mulher para que nos lembremos que elas existem, elas fazem questão de nos lembrar constantemente que andam aí. E ainda impõe a ideia de que são diferentes dos homens, mais fraquinhas (coitadas), que como não conseguem ter os mesmos direitos dá-se-lhes um diazito para ver se ficam mais satisfeitas. Só prova que isso da igualdade – o que quer que isso seja – que tantas mulheres preconizam, embora a maioria delas só queira as vantagens, ainda é uma miragem. Não serão certamente iniciativas que, por princípio, as segregam da sociedade que vão mudar isso.
Revoltem-se mulheres!

Nota: Claro que sempre que tentei expor o meu ponto de vista sobre este assunto a mulheres fui logo rotulado de gajo ressabiado. "Isso é só porque nós temos um dia e vocês não, e tal...". Pensem lá o que quiserem.

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